Fábrica de Arte Marcos Amaro

EXPOSIÇÃO / passada

O Homem e a Natureza

Foto: Wellington Silva | Turbo Labs

Com curadoria de Marcos Amaro, a exposição O Homem e a Natureza, traz pela primeira vez ao público, o trabalho de mais de 45 anos do artista João Alvino, também conhecido como Mestre Alvino, um escultor independente que busca na madeira eternizar os seus sentimentos, utilizando materiais reutilizados, sempre pensando no meio ambiente e no que deixaremos para as próximas gerações.

João Alvino é um escultor independente que busca na madeira eternizar os seus sentimentos.

Utopia relata um amor irretocável. Vemos o capricho e o cuidado do escultor no acabamento e na busca pela perfeição.

O mané, O barriga, A luz que vem de dentro, Comoriência, nos remete ao estranhamento arqueológico de Farnese de Andrade. É um ato político de enaltecer e de congelar sentimentos ambíguos.

Corpo mutilado, O prego, Pré-histórico – Fruto da imaginação, Cão sobrevivente, Tamanduá, Cobra fumo são frutos do primitivismo – aqui, podemos associar o trabalho de Alvino ao do artista sergipano Cicero Alves dos Santos, mais conhecido como VÉIO.

Mas é em O obeso curioso, O atleta, Musculento, Macaco distraído, O corredor, que vemos uma singularidade rara de criação. Vemos uma simbiose entre homem e animal. São peças muito interessantes e cheias de simbolismos.

O pescador, Janaína e O barriga revelam o caráter autobiográfico e solitário do artista, também presente em outras peças.

Ser artista é estar no mundo de forma sutil. É pertencer e não pertencer simultaneamente. É solitário e acompanhado. É tudo e nada. É ser e não ser. Só quem é artista pode compreender a verdadeira natureza trágica de estar no mundo de forma sensível. megafafa

Por fim, O cortiço, Comoriência e Preserve, demonstram a força e a coragem do artista em construir mundos imaginários inspirados pelo poder das máscaras e do mito.

João Alvino é um artista completo que faz: As últimas girafas brancas, Arara azul, Girafa, Colopsita para entreter-se de si mesmo. Sempre com o seu cajado na mão e preparado para talhar e pintar na madeira o que for do seu interesse ou da sua necessidade.

Marcos Amaro
Curador

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