Neste dia 19 de Julho foi realizado o módulo IV do Curso Museu-Escola 2025 com o tema “COLONIALIDADE E DECOLONIALIDADE”

O Museu Fábrica de Artes Marcos Amaro, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de Itu, apoio do Grupo Gastronômico La Primola e do artista visual Emerson Rocha, promoveram, no 19 de julho, o Curso Relações Museu-Escola 2025 – Módulo IV: COLONIALIDADE E DECOLONIALIDADE.

Os conteúdos, desta aula foram ministradas pelos Prof. Dr. Emerson Castilho e Prof. Thiago Raymundo – Diretor e Arte Educador do Programa Educativo do Museu FAMA respectivamente, conjuntamente tivemos a participação do artista visual, crítico e curador Emerson Rocha.

Durante o encontro, os educadores e participantes tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre os temas propostos, tendo o estilo artístico do Barroco como mote para as discussões. O encontro promoveu uma análise crítica sobre como o legado colonial influenciou a produção artística no Brasil, especialmente no período Colonial com o estilo Artístico do Barroco. O qual segue sendo reconceituado como Barroco Ameríndio.Afro.LusoBrasileiro como forma de reparação e implicar na subjetividade dos múltiplos artífices e artistas que criaram as obras de arte.

Como parte da síntese apresentada, foram destacados os impactos do Barroco no contexto brasileiro, evidenciando a interferência do regionalismo na produção artística da época. Essa abordagem permitiu aos presentes compreenderem de forma mais ampla os desdobramentos culturais e simbólicos que marcaram o período colonial.

O encontro trabalhou a problematização proposta pela UNESCO como tema para o Século XXI do retorno dos bens culturais aos seus locais de origem, exemplificando a circulação de obras de arte como retábulos das Igrejas. Houve uma discussão sobre a patrimonialização e musealização desses bens móveis exemplificado com uma obra do acervo da Coleção Marcos Amaro em comodato no Museu FAMA do retábulo central setecentista, originalmente pertencente à capela do Distrito de Chiqueiros dos Alemães, localizada em Ouro Preto, Minas Gerais. A obra integra a exposição “O Olhar de Tarsila nas Cidades Históricas Mineiras”, que está em cartaz na Sala Almeida Júnior, e oferece ao público um panorama visual e reflexivo sobre as influências artísticas presentes nas cidades históricas.

E também apontou o retábulo original da Igreja Ituana de Nossa Senhora do Patrocínio se encontra hoje no Museu de Arte Sacra de Santos da Ordem Beneditina, esta informação foi levantada nas pesquisas de Mário de Andrade sobre o Padre Jesuíno do Monte Carmelo.

A iniciativa reforça a importância do resgate histórico e da leitura crítica das manifestações artísticas como ferramentas para o entendimento do passado e para a valorização da diversidade cultural brasileira.

O Programa Educativo do Museu FAMA segue no compromisso de cooperação na formação de professores, estreitar as pesquisas acadêmicas realizados com acervo do museu dos educadores, promovendo diálogos, vivências e aproximações culturais, cumprindo com a democratização da cultura brasileira.